domingo, outubro 30, 2005

O PRAZER ESTÁ NO VINHO. A VERDADE NÃO

Até os mais leigos em História devem saber que muitos dos costumes e práticas das sociedades ocidentais na atualidade são herança da civilização romana. Noções de direito, política são o que nos parecem mais óbvio. Por mais que a história possa ser seletiva, é fato a contribuição dos romanos para a formação do “mundo ocidental”.
Porém, há uma máxima dos nossos queridos antepassados, eternizada como verdade universal dos sem caráter, que eu discordo, modéstia parte, com autoridade para tal.

“A verdade está no vinho”.

Aprecio um bom vinho como poucos devem fazer, mas não creio que haja algo de hipnótico na bebida que embalava os bacanais (cabarets de luxo antigos). Já passei por momentos em que o ritmo com que mantinha contato com etílicos beirava a dependência química. Hoje em dia até me vanglorio de estar em situação bem diferente, levando uma vida mais saudável. Mas, nunca, em todas as minhas aventuras e inúmeras sagas em que estive com o cérebro e o coração embebidos em álcool, me apoiei nisso para justificar alguma falha que tenha cometido. E olha que a quantidade de etílicos que já ingeri deve exceder o imensurável.

Já passei pelos diversos estágios da embriaguez e posso garantir, de pés juntos ou separados, fazendo um quatro ou um oito, que você é o que quer ser, esteja bêbado ou não. Estou de saco cheio de ver conhecidos e desconhecidos se valerem de uma desculpa tão chula para justificar as suas irresponsabilidades ou erros.

Eu me assumo como portador de irresponsabilidade, impontualidade, esquecimento e outras mazelas. Mas essas são características minhas e não dizem respeito à bebida nenhuma. Falto com os meus compromissos, me atraso e esqueço de porquês e poréns, esteja são ou não.

Entendo que cada individuo possui a sua individualidade e características próprias, sendo um mais suscetível às conseqüências da embriaguez do que o outro. Mas, qualquer pessoa, sabendo não ter autocontrole suficiente para continuar sendo o que é quando sóbrio, assumindo uma cara a cada gole, ainda tem a opção de continuar um só: fechar a boca ao que lhe levar a sobriedade.
Não sou um historiador diplomado, de papel passado, e nem precisava ser para me atrever a reescrever a história. Para mim, o prazer está no vinho. A verdade não.

5 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com vc, Lipe. Se tem uma coisa q me deixa P da vida (e não é música do Dominó), são pessoas q tentam usar a bebida pra justificar suas atitudes. Tá certo q o álcool tem seu efeito no cérebro. Mas ainda acho q, na verdade, as pessoas o usam é como bode expiatório pra tentar tornar seus atos menos reprováveis pelos demais: "olha, eu fiz isso sim, mas a culpa não é minha, é do álcool. Ele q é ruim, eu não!" A prova é q, se assim fosse, as pessoas não se lembrariam com tanta clareza do q aconteceu... como um dia vi na TV um homem q estuprou as duas filhas dizendo, com a maior cara de pau: eu fiz isso pq tinha bebido! Claro, muito conveniente... ele era apenas um pobre coitado alterado pelo grande vilão álcool, não um pervertido. Não tem jeito... a maior parte das pessoas não quer assumir o q faz, ou sente, ou pensa. :/
Depois faz uma visitinha lá no meu blog... fique à vontade pra ler qualquer coisa, lógico, mas não deixe de dar uma olhadinha nos posts dos dias 18.07 e 27.10. Eu posso botar o link daqui lá, ou vc prefere q não?
Tá ficando legal seu blog! Boa sorte de novo!
Bjs!

Anônimo disse...

A-ha! Adorei o endereço novo. A minha experiência com vinho passa de leiga, então vou ficar sem comentar sobre o assunto. Mas é bom saber da sua recuperação e, melhor ainda, do pontapé na monografia (q n seja pra chutá-la pra longe de vc). Força! Se precisar d qq coisa, é só falar. Bjok de boboca

Anônimo disse...

Esse homi quer atingir hommer com essas palavras eh? diga logo q fez esse texto pra ele...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ramon jah parou de fumar, soh falta homer parar de beber...
quanto ao texto, nao vejo mal nenhum em colocar a culpa no alcool...ele nao pode se defender...

Anônimo disse...

Rapaz, concordo com você e tenho notado mais responsabilidade na sua pessoa humana.
Não existe isso de colocar culpa no álcool, seja ele vinho, cachaça, cerveja ou qualquer coisa mais. Temos que assumir nossos erros e nossas atitudes impensadas. Eu não cometo erro apenas quando estou bêbado, mas acho que tenho mudado meu comportamento. Isso não significa que vou parar de beber ou de ser irresponsável, mas sim que pretendo melhorar e aprender com os erros.
Quanto ao comentário de Banana, não vou nem comentar. Simplesmente por ser de Banana!

Saudações histórico-etílicas...

Anônimo disse...

Kkkkkkkkkkkk! Banana, vc é umas graça! Kkkkkkkkkkkkk! :D
Ei, Lipe, inclui seu novo endereço lá no blog... ah! e tb mudei o endereço do meu.
Bjs!